Carybé é um dos artistas pós-modernos que representa em grande estilo os múltiplos aspectos da relação entre uma Arte de estética marcante, o estilo de vida desse ‘ser’ artista e como se dá uma relação impressionante da sua obra com o Mercado de Arte. Que escolheu a Bahia, especificamente Salvador, para viver e se expressar como Artista…
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SOBRE CARYBÉ
Hector Julio Paride Bernabó, o Carybé, é um artista plural que marca uma geração sob inúmeros aspectos. Nasceu na Argentina, mas escolheu Salvador como sua cidade. Desde 1950 mudou-se a convite de Anísio Teixeira, Secretário de Educação e Cultura, na época, e ‘foi ficando’. Expressou num ‘traço solto’ de convencionalidades e num estilo único, a baianidade cultural que lhe saltava aos olhos: a capoeira, os ritos religiosos, a cultura popular e sua iconografia.
Nas décadas de 1980 e 1990, desenvolveu trabalhos em xilogravuras, ilustração de diversos livros, foi cenógrafo e figurinista de vários espetáculos. É autor de vários murais espalhados na Bahia, no Brasil e no exterior. Recebeu premiação na Bienal de São Paulo, em 1955, como melhor desenhista. Ilustrou inúmeros livros de autores como Gabriel Garcia Marques, Jorge Amado, etc.
Em 1957 naturaliza-se brasileiro, e, sem dúvida alguma, é considerado um ícone da “baianidade”. Essa vinda para Salvador vai imprimir características definitivamente marcantes em uma geração. Entre tantos amigos estava o escritor Jorge Amado, que escreveu sobre ele se referindo como ‘O Capeta Carybé’, definindo-o como alguém que “é todo feito de enganos, confusões, histórias absurdas, aparentes contradições, e ao mesmo tempo é a própria simplicidade (…)”.
Ao morrer, em 1º de outubro de 1997, em Salvador-BA, com 86 anos, deixou um acervo impressionante entre pinturas, desenhos, esculturas, talhas, esboços, etc.